quarta-feira, 19 de março de 2014

PROJETO DE TRABALHO: HISTÓRIAS

PROJETO  “O MUNDO DAS HISTÓRIAS”

TÍTULO: O Mundo das Histórias


TEMA: Histórias


PERÍODO DE REALIZAÇÃO: tempo indeterminado (a partir de maio de 2011 até          )


JUSTIFICATIVA:


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

v  Por que trabalhar com a metodologia “Projetos de Trabalho”?

Todo o profissional em educação precisa conhecer e estar consciente do modelo epistemológico que conduzirá a sua prática. Neste trabalho, considera-se importante a contribuição interacionista.
O modelo interacionista tem como base o processo de interação entre sujeito e objeto, entre individuo e sociedade, para que se dê o conhecimento. O professor que segue esse modelo acredita que o aluno só aprenderá algo, se agir e problematizar a sua ação. Também o educador, além de ensinar, passa a aprender; o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Nessa relação, professor e aluno avançam no tempo. O educador construirá, a cada dia, a sua docência, dinamizando o processo de aprender, os educandos construirão, a cada dia, a sua discência, ensinando aos colegas e ao professor. O aluno é considerado um ser histórico, repleto de conhecimentos e experiências anteriores, um ser com características e habilidades próprias e diferentes de todos os demais.
Essa concepção de educação está em consonância com o que declaram os Parâmetros Curriculares Nacionais: “Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é grande desafio da educação e de seus profissionais” (RADESPIEL, 2003, p.21).
O diálogo entre professor e o aluno, contribui para o conhecimento de sua realidade; o professor estará reconhecendo seu aluno como SUJEITO, ou seja, como alguém que tem seus próprios conhecimentos, que devem sempre ser levados em consideração.
Mas fazer isso não é fácil, como corroboram os PCNs: “Detectar os conhecimentos prévios das crianças não è tarefa fácil, implica que o professor estabeleça estratégias educativas para faze-lo.” (RADESPIEL, 2003, p.21)
Através desta reflexão acerca do trabalho desenvolvido em sala de aula, a metodologia terá como base o interesse dos alunos, em que os assuntos estarão interligados, contribuindo para uma aprendizagem de forma integrada, resultando na ampliação do saber. Isto acontecerá se o professor abordar um conteúdo isoladamente, pois conseguirá envolver seus alunos e o ensino poderá não fazer sentido para o aluno.
Quando se reflete sobre a própria prática, deve-se pensar que ensinar é um ato perfomativo, em que o professor deve procurar formas de captar aquilo em que os alunos têm interesse e propiciar uma interação disso com a realidade e até com os conteúdos que são estabelecidos pela escola.
Por isso, o professor precisa ter a seguinte concepção de educação:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropiação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (RADESPIEL, p.23, 2003)

                        O trabalho com projetos possibilita a integração das áreas do conhecimento ao evitar a fragmentação. Propõe desafios, desperta a curiosidade e permite à criança confrontar suas hipóteses com o conhecimento historicamente constituído, caminhando assim, gradativamente, para a elaboração de conceitos científicos. Permite um trabalho amplo e flexível aumentando significativamente o repertório infantil o que conduz a novos saberes e gera possibilidades de uma aprendizagem significativa e contextualizada. Em todas as etapas dos projetos propomos situações de investigações, debate, síntese e intercâmbio das informações adquiridas por eles para que, por meio de situações concretas, possamos circular entre eles o que sabem, criando assim boas situações de aprendizagem.
Predispomos, assim, os alunos à curiosidade, criatividade e ao pensamento reflexivo para solução de situações-problema e o desenvolvimento da autonomia.

v  Caracterização da faixa etária:

Para Wallon, “O desenvolvimento da inteligência depende das experiências oferecidas pelo meio e do grau de apropriação que o sujeito faz delas. Neste sentido, os aspectos físicos do espaço, as pessoas próximas, a linguagem, bem como os conhecimentos presentes da cultura, contribuem efetivamente para formar o contexto de desenvolvimento.” (CRAIDY & KAERCHER, 1998, p. 24)
Já para Piaget, a aprendizagem é um processo gradual no qual a criança vai se capacitando a níveis cada vez mais complexos de conhecimento. Por isso, deve-se levar em conta a fase de desenvolvimento das crianças para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão deste processo é fundamental para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando.
      A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo.
Conforme Piaget, as crianças do Maternal 3 estão no estágio pré-operatório (crianças de dois a sete anos). Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Começam as brincadeiras de faz de conta, em que a criança finge ser isto ou aquilo. Através desse jogo simbólico, a criança reviverá situações de alegria, tristeza e as recriará de modo a superar seus conflitos. Nesta fase, as crianças entram em contato com o conhecimento produzido pelas pessoas que as cercam, através de atividades de representação.

v  A Literatura na Educação Infantil:
                                   
Segundo Ada Hemilewski, a Literatura permite que a criança possa preencher lacunas resultantes de sua ainda pequena e escassa experiência existencial, nas classes de Educação Infantil. Através dos livros de gravuras com pequenos textos, da história oral, da leitura e poesias, das cantigas de roda, das lendas e fábulas, a criança vivencia aventuras ainda  não vividas na realidade (REVISTA DO PROFESSOR, p. 13, 2001).
É neste convívio com a Literatura que resulta num alargamento de horizontes, no descortinar de uma realidade possível, numa reestruturação de sua leitura de mundo. Vendo as gravuras de um livro ou ouvindo uma história, a criança pode criar seu próprio mundo, povoando-o de sonhos e fantasias, mas, ao mesmo tempo, insere-se no nosso mundo de adultos e no mundo infantil.
A Literatura oferece alimento à criatividade e ao imaginário e oportuniza à criança o conhecimento de si mesmo, do mundo que a cerca, do seu ambiente de vida e lhe permite, então, estabelecer as reações tão importantes e necessárias entre o real e não real.
Além disso, a Literatura Infantil é uma realidade interdisciplinar que, em muitas de suas manifestações, está relacionada com outros modos de expressão (o movimento, a imagem, a música) formando a bagagem comunicativa da criança desde seus primeiros anos. Esta realidade interdisciplinar também envolve os assuntos abordados na história, que estão interligados e quando trabalhadas em sala de aula, devem permanecer desta maneira, formando o pensamento complexo, que é a base da teoria de Morin. Morin diz que esta complexidade integra os modos simplificadores do pensar, negando resultados mutiladores, reducionistas e de reprodução. Este pensamento complexo é o responsável pela ampliação do saber. Se o pensamento for fragmentado, reducionista e mutilador, as ações terão o mesmo rumo, tomando o conhecimento cada vez mais simplista.
A criança, quando ouve histórias, tem informação, tem lazer, imagina situações, tem oportunidades de desenvolver sua capacidade criadora, porque as histórias permitem o uso da fantasia, da imaginação que, na faixa de idade em que ela se encontra, são predominantes.
Também é necessário identificar as características das crianças entre 5 e 6 anos, em relação ao que chama a sua atenção na seleção de histórias. A criança, nessa fase, ainda se assusta com facilidade por não separar completamente realidade de fantasia. Faz parte de seu desenvolvimento essa fase de medo e, conhecendo-a, não devemos utilizá-la como suporte de ensinamentos ou lições de moral. É comum a leitura visual de imagens, onde a criança cria sua história a partir de sequência presente no livro, sem se ao código escrito (REVISTA DO PROFESSOR, p. 20, 2004).
Ao explorarmos a Literatura Infantil, estaremos ajudando a desenvolver o intelecto da criança, a tornarem claras suas emoções, oferecendo-lhes meios para reconhecerem suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerindo soluções para os problemas que as perturbam.
Por isso é importante selecionar e incluir as histórias no imaginário e na realidade das crianças, cuidando para abranger ao máximo a riqueza de resultados que podem proporcionar aos nossos alunos.

OBJETIVO GERAL:
v  Despertar o gosto pela Literatura, a partir de histórias de interesses das crianças, oportunizado o conhecimento de si mesmo, do mundo que a cerca e do seu ambiente de vida, que permitirá estabelecer relações importantes e necessárias entre o real e não real.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ø  Identificar informações sobre os assuntos em estudo para realizarmos pesquisas sobre o mesmo;
Ø  Desenvolver o pensamento crítico reflexivo em relação aos questionamentos feitos;
Ø  Desenvolver pesquisas acerca do assunto em estudo, buscando materiais e informações sobre o mesmo;
Ø  Valorizar os materiais de pesquisa, percebendo a sua importância para o desenvolvimento do trabalho;
Ø  Propiciar a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica;
Ø  Expressar suas ideias, emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
Ø  Desenvolver a atenção, a imitação, a memória, a imaginação e a fantasia;
Ø  Desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmo e ao outro na hora do brincar;
Ø  Desenvolver a imaginação criadora, a expressão, a sensibilidade, e as capacidades estéticas e criativas;
Ø  Ampliar o conhecimento de mundo, explorando características e propriedades de diferentes materiais, objetos e suportes;
Ø  Enriquecer os conhecimentos e as vivências na escola, através da efetiva participação da família;
Ø  Ampliar o conhecimento de mundo, explorando características e propriedades de diferentes objetos, materiais e suportes;
Ø  Produzir trabalhos artísticos, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem e da construção;
Ø  Entrar em contato com diversas formas artísticas, ampliando o seu conhecimento de cultura;
Ø  Desenvolver as habilidades de falar e ouvir;
Ø  Articular seus interesses e pontos de vista com os demais, estabelecendo relações interpessoais;
Ø  Desenvolver a iniciação do pré-leitor no mundo da Literatura;
Ø  Acionar as significações do texto relacionando-as à sua compreensão de mundo;
Ø  Conhecer-se a si mesmo e ao mundo que o cerca, pelos artifícios da linguagem literária, desenvolvendo um posicionamento crítico frente aos recursos expressivos da língua;
Ø  Desenvolver, de forma integral, a Literatura, que é uma arte e como tal estabelece relações de aprendizagem e vivências entre ela e o indivíduo.


CONHECIMENTO PRÉVIO E PERGUNTAS NORTEADORAS:



O que pesquisaremos?
HISTÓRIAS
O que sabemos sobre o assunto escolhido:


·         AS HISTÓRIAS ESTÃO NOS LIVROS;
·         NAS HISTÓRIAS APARECEM: BICHOS, BRUXAS, LOBO MAU, PRÍNCIPE, VOCÓ, PRINCESAS, BARBIE;


O que queremos aprender sobre o assunto escolhido?

·         HISTÓRIAS DE ANIMAIS: LEÃO, JACARÉ, ABELHA, MACACO, CAVALO, CACHORRO, PÁSSARO, GALINHA, MINHOCA, CÃO, PEIXE, PORCO, GATO, RATO, SAPO, COELHO;
  • HISTÓRIAS COM LOBO MAU E PRINCESAS.

Como descobriremos sobre o assunto escolhido?



·         LIVROS;
·         MÚSICAS;
·         FILMES;
·          COMPUTADOR.

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