sábado, 16 de junho de 2012

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS



PROJETO: “HISTÓRIA EM QUADRINHOS”


DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Escola: Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias

Endereço: Rua Idalino João Martin, 1458 - Quatro Colônias

Turma: 4º ano - 43              Turno: Tarde            Ano :2012

Professora: Vanessa Carine Fauth


TÍTULO: HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

TEMA: Histórias em Quadrinhos

PERÍODO DE REALIZAÇÃO:  durante o ano todo


JUSTIFICATIVA:

v  Por que trabalhar com a metodologia “Projetos de Trabalho”?
Todo o profissional em educação precisa conhecer e estar consciente do modelo epistemológico que conduzirá a sua prática. Neste trabalho, considera-se importante a contribuição interacionista.
O modelo interacionista tem como base o processo de interação entre sujeito e objeto, entre individuo e sociedade, para que se dê o conhecimento. O professor que segue esse modelo acredita que o aluno só aprenderá algo, se agir e problematizar a sua ação. Também o educador, além de ensinar, passa a aprender; o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Nessa relação, professor e aluno avançam no tempo. O educador construirá, a cada dia, a sua docência, dinamizando o processo de aprender, os educandos construirão, a cada dia, a sua discência, ensinando aos colegas e ao professor. O aluno é considerado um ser histórico, repleto de conhecimentos e experiências anteriores, um ser com características e habilidades próprias e diferentes de todos os demais.
Essa concepção de educação está em consonância com o que declaram os Parâmetros Curriculares Nacionais: “Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é grande desafio da educação e de seus profissionais” (RADESPIEL, 2003, p.21).
O diálogo entre professor e o aluno, contribui para o conhecimento de sua realidade; o professor estará reconhecendo seu aluno como SUJEITO, ou seja, como alguém que tem seus próprios conhecimentos, que devem sempre ser levados em consideração.
Mas fazer isso não é fácil, como corroboram os PCNs: “Detectar os conhecimentos prévios das crianças não é tarefa fácil, implica que o professor estabeleça estratégias educativas para fazê-lo.” (RADESPIEL, 2003, p.21)
Através desta reflexão acerca do trabalho desenvolvido em sala de aula, a metodologia terá como base o interesse dos alunos, em que os assuntos estarão interligados, contribuindo para uma aprendizagem de forma integrada, resultando na ampliação do saber. Isto acontecerá se o professor abordar um conteúdo isoladamente, pois conseguirá envolver seus alunos e o ensino poderá não fazer sentido para o aluno.
Quando se reflete sobre a própria prática, deve-se pensar que ensinar é um ato perfomativo, em que o professor deve procurar formas de captar aquilo em que os alunos têm interesse e propiciar uma interação disso com a realidade e até com os conteúdos que são estabelecidos pela escola.
Por isso, o professor precisa ter a seguinte concepção de educação:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropiação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (RADESPIEL, p.23, 2003)


          O trabalho com projetos possibilita a integração das áreas do conhecimento ao evitar a fragmentação. Propõe desafios, desperta a curiosidade e permite à criança confrontar suas hipóteses com o conhecimento historicamente constituído, caminhando assim, gradativamente, para a elaboração de conceitos científicos. Permite um trabalho amplo e flexível aumentando significativamente o repertório infantil o que conduz a novos saberes e gera possibilidades de uma aprendizagem significativa e contextualizada. Em todas as etapas dos projetos propomos situações de investigações, debate, síntese e intercâmbio das informações adquiridas por eles para que, por meio de situações concretas, possamos circular entre eles o que sabem, criando assim boas situações de aprendizagem.

Os projetos necessitam envolver-se em ativa interdisciplinaridade e, desta forma, não podem esquecer que da mesma faz parte uma verdadeira imersão no mundo da linguagem e da descoberta da palavra, da compreensão de símbolos e da identificação da linguagem dos números e das grandezas, do entorno social e dos cuidados ambientais e das próprias experiências que envolvem o corpo e as emoções das crianças e suas descobertas. (ANTUNES)

Predispomos, assim, os alunos à curiosidade, criatividade e ao pensamento reflexivo para solução de situações-problema e o desenvolvimento da autonomia.

v    A importância de se trabalhar as histórias em quadrinhos nos anos iniciais?

Trabalhar a história em quadrinhos no processo de alfabetização e/ou letramento é de grande importância, pois estimula a imaginação e a criatividade, desperta o interesse pela leitura e a escrita das crianças, além de divertir.
Todos sabem que o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para que uma pessoa tenha uma participação social efetiva. Por isso, a escola ao ensiná-la tem a tarefa e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania.
Sabe-se que os instrumentos de leitura e escrita são fatores essenciais no processo de letramento e alfabetização, período este, que a pessoa está sendo submetida a conhecer o mundo e o significado das coisas e fatos que lhe são apresentados.
Abordar a história em quadrinhos no processo de alfabetização/letramento e em todos os momentos de sua escolaridade irá fornecer, além de tudo o que já foi citado, subsídios para o desenvolvimento da capacidade de análise, interpretação e reflexão do leitor. As histórias em quadrinhos tornam o ensino mais lúdico e ajudam a construir uma sala de aula mais descontraída e prazerosa para sua turma.
Os alunos devem interagir com o caráter social da escrita, devem ler e escrever textos significativos. Pois, para que os mesmos aprendam a ler e a escrever, antes, eles precisam pensar sobre a escrita, ou seja, pensar sobre o que a escrita representa para a sociedade e como ela representa graficamente a linguagem.
As histórias em quadrinhos por meio das imagens permitem que a criança compreenda o que está lendo ou imagine o que poderia estar escrito, fazendo com que essa leitura passe a ser expressiva, gere ideias e proporcione novos conhecimentos. As histórias em quadrinhos têm essa particularidade de mesclar imagens e textos. A imagem deve ser vista como parte integrante do processo de significação, ela auxilia o aluno a compreender o texto, pois a criança não lê somente as palavras, ela lê, ou atribui sentido, também considerando as figuras, bem como o contexto social em que a leitura se dá. Os quadrinhos têm como objetivo principal a narração de fatos procurando reproduzir uma conversação natural, na qual os personagens interagem face a face, expressando-se por palavras e expressões faciais e corporais. Todo o conjunto do quadrinho é responsável pela transmissão do contexto enunciativo ao leitor. Assim como na literatura, o contexto é obtido por meio de descrições detalhadas através da palavra escrita.
A língua escrita apresenta características diversas da oral, em que se reproduz uma conversação entre dois falantes. Nela, a mensagem não é transmitida de imediato ao leitor, ao contrário da língua falada em que os interlocutores são co-autores do texto deixando em evidencia todo o processo de produção. O texto escrito possui uma importante característica: o planejamento temático.
Considerando as histórias em quadrinhos Eguti (op. cit.) afirma que o texto não é espontâneo nem natural, pois trata-se de uma obra em que o autor cria os diálogos e as situações que envolvem os falantes, além disso, o espaço e o tempo em que os fatos ocorrem são produtos de um planejamento prévio tanto do tema quanto do aspecto lingüístico-discursivo, sujeito a correções. A concepção da HQ é de base escrita, pois a narração é baseada em roteiros escritos como no cinema, apesar da tentativa de reproduzir a fala (geralmente informal), através de interjeições, reduções vocabulares, onomatopéias, gírias, além de expressarem os gestos e expressões dos personagens através do desenho.
Como os quadrinhos também utilizam a linguagem não verbal, que é fundamental na transmissão de sua mensagem, não se pode deixar de citar a importância dos elementos específicos de um quadrinho como o balão, e as legendas que auxiliam os recursos lingüísticos (discurso direto, onomatopéia, expressões populares), não verbais (gestos e expressões faciais) e paralingüísticos (prolongamento e intensificação de sons) na compreensão da narrativa.

OBJETIVO GERAL:
Ø  Desenvolver a leitura com o uso da história em quadrinhos,


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
ü  Conhecer a história do surgimento das histórias em quadrinhos;
ü  Desenvolver a criatividade através da construção das histórias em quadrinhos;
ü  Estimular o espírito participativo e colaborativo do aluno durante o trabalho a ser desenvolvido;
ü  Conhecer a linguagem própria das histórias em quadrinhos;
ü  Incentivar o interesse dos alunos pela leitura com o uso da leitura preferida da turma;
ü  Desenvolver a interpretação e a compreensão de histórias em quadrinhos;
ü  Expressar-se oralmente com eficácia em diferentes situações, interessando-se por ampliar seus recursos expressivos e enriquecer seu vocabulário;
ü  Dominar o mecanismo e os recursos do sistema de representação escrita, compreendendo suas funções;
ü  Conhecer alguns autores de histórias em quadrinhos;
ü  Utilizar adequadamente a pontuação do discurso direto, destacando as falas de personagens (dois pontos, travessão);
ü   Identificar o gênero textual (história em quadrinhos) e suas características textuais;
ü  Conhecer as histórias em quadrinhos e seu potencial didático e de comunicação;
ü  Desenvolver a técnica e a criatividade para a prática da comunicação e do ensino através da linguagem das histórias em quadrinhos;
ü  Conhecer um outro tipo de discurso, a história em quadrinhos, ajudando-os também a distinguir a fala dos personagens da fala do narrador;
ü  Conhecer os diferentes recursos que podemos usar em uma história em quadrinhos;
ü   Construir uma história em quadrinhos a partir de parâmetros adquiridos nos estudos anteriores.

PROCEDIMENTOS:

·  Conversa com todo grupo sobre o que é uma história em quadrinhos e quais as favoritas de cada um;
·  Leitura individual (silenciosa e em voz alta) de tirinhas de histórias em quadrinhos;
·  Interpretação da sequência dos quadrinhos e discussão sobre a diferença entre um texto composto basicamente por diálogos e textos narrativos;
·  Escolha do personagem favorito e seus desenhos em três posições: de frente, de lado e de costas;
·  Levantamento dos nomes de personagens com uso de cartazes;
·  Propostas de caça-palavras, palavras cruzadas, ditado e leitura dos nomes dos personagens;
·  Pesquisar sobre os tipos gráficos de balões onde estão escritos os textos;
·  Atividades com balões: onomatopaicas, amorosas, de gritos, chorar, segredos e canções;
·  Criação de pequenos textos que se harmonizem com cada tipo de balão;
·  Discutir em grupo a história de um personagem;
·  Montagem de quadrinhos usando figuras de gibis para os alunos criarem a história;
·  Atividades de ordenação dos quadrinhos seguindo a sequência temporal dos fatos;
·  Releitura compartilhada estabelecendo a relação entre o texto escrito e as ilustrações dos quadrinhos;
·  Pesquisa de histórias em quadrinhos ou tirinhas em jornais, livros, revistas, etc.
·  Exploração dos diferentes tipos de balões encontrados, levando a turma a antecipar as suas finalidades e seus significados;
·  Construção coletiva do conceito de balões de fala, pensamento e grito;
·  Criação de história em quadrinhos apresentando os elementos não verbais;



CONTEÚDOS:

Ø  Estrutura da história em quadrinhos introdução, conflito, desenvolvimento e desfecho;
Ø  Tipos de balões;
Ø  Relação imagem/texto;
Ø  Onamonatopeias;
Ø  Autores de histórias em quadrinhos;
Ø  Personagens das histórias em quadrinhos;
Ø  Origem e história da história em quadrinhos;
Ø  Leitura silenciosa e alta, individual e coletiva;
Ø  Expressão escrita;
Ø  Produção textual;
Ø  Sequência dos acontecimentos

CONHECIMENTO PRÉVIO E PERGUNTAS NORTEADORAS:

O que pesquisaremos?
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
O que sabemos sobre o assunto escolhido:

* É  UMA FORMA DE LEITURA;
* É DIVERTIDO E INTERESSANTE
* TEM IMAGENS E TEXTOS
* ENCONTRAMOS NO JORNAL, GIBIS, REVISTAS

O que queremos aprender sobre o assunto escolhido?

·         COMO SÃO ELABORADOS.
·         COMO SE COLOCA NO JORNAL.
·         DE ONDE TIRAM OS ASSUNTOS.
·         COMO SE FAZ OS DESENHOS.


Como descobriremos sobre o assunto escolhido?



PESQUISAREMOS EM: INTERNET, LIVROS, REVISTAS, JORNAIS.

RECURSOS:
            Jornais, livros, revistas, cartolinas, material de uso comum, computador, lousa interativa, mesa educativa, papel pardo, cartolina.


CULMINÂNCIA:
            Exposição do material na Feira Literária da escola.

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