PROJETO “O MUNDO DAS HISTÓRIAS”
TÍTULO: O Mundo das Histórias
TEMA: Histórias
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: tempo indeterminado (a partir de maio
de 2011 até )
JUSTIFICATIVA:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
v
Por que trabalhar com a metodologia
“Projetos de Trabalho”?
Todo o profissional em
educação precisa conhecer e estar consciente do modelo epistemológico que
conduzirá a sua prática. Neste trabalho, considera-se importante a contribuição
interacionista.
O modelo interacionista
tem como base o processo de interação entre sujeito e objeto, entre individuo e
sociedade, para que se dê o conhecimento. O professor que segue esse modelo
acredita que o aluno só aprenderá algo, se agir e problematizar a sua ação.
Também o educador, além de ensinar, passa a aprender; o aluno, além de
aprender, passa a ensinar. Nessa relação, professor e aluno avançam no tempo. O
educador construirá, a cada dia, a sua docência, dinamizando o processo de
aprender, os educandos construirão, a cada dia, a sua discência, ensinando aos
colegas e ao professor. O aluno é considerado um ser histórico, repleto de
conhecimentos e experiências anteriores, um ser com características e
habilidades próprias e diferentes de todos os demais.
Essa concepção de educação
está em consonância com o que declaram os Parâmetros Curriculares Nacionais:
“Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e
estarem no mundo é grande desafio da educação e de seus profissionais”
(RADESPIEL, 2003, p.21).
O diálogo entre professor
e o aluno, contribui para o conhecimento de sua realidade; o professor estará
reconhecendo seu aluno como SUJEITO, ou seja, como alguém que tem seus próprios
conhecimentos, que devem sempre ser levados em consideração.
Mas fazer isso não é
fácil, como corroboram os PCNs: “Detectar os conhecimentos prévios das crianças
não è tarefa fácil, implica que o professor estabeleça estratégias educativas
para faze-lo.” (RADESPIEL, 2003, p.21)
Através desta reflexão
acerca do trabalho desenvolvido em sala de aula, a metodologia terá como base o
interesse dos alunos, em que os assuntos estarão interligados, contribuindo
para uma aprendizagem de forma integrada, resultando na ampliação do saber.
Isto acontecerá se o professor abordar um conteúdo isoladamente, pois
conseguirá envolver seus alunos e o ensino poderá não fazer sentido para o
aluno.
Quando se reflete sobre a
própria prática, deve-se pensar que ensinar é um ato perfomativo, em que o
professor deve procurar formas de captar aquilo em que os alunos têm interesse
e propiciar uma interação disso com a realidade e até com os conteúdos que são
estabelecidos pela escola.
Por isso, o professor precisa ter a
seguinte concepção de educação:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropiação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (RADESPIEL, p.23, 2003)
O trabalho com projetos possibilita a integração das áreas do conhecimento ao evitar a fragmentação. Propõe desafios, desperta a curiosidade e permite à criança confrontar suas hipóteses com o conhecimento historicamente constituído, caminhando assim, gradativamente, para a elaboração de conceitos científicos. Permite um trabalho amplo e flexível aumentando significativamente o repertório infantil o que conduz a novos saberes e gera possibilidades de uma aprendizagem significativa e contextualizada. Em todas as etapas dos projetos propomos situações de investigações, debate, síntese e intercâmbio das informações adquiridas por eles para que, por meio de situações concretas, possamos circular entre eles o que sabem, criando assim boas situações de aprendizagem.
Predispomos, assim, os
alunos à curiosidade, criatividade e ao pensamento reflexivo para solução de
situações-problema e o desenvolvimento da autonomia.
v Caracterização
da faixa etária:
Para Wallon, “O
desenvolvimento da inteligência depende das experiências oferecidas pelo meio e
do grau de apropriação que o sujeito faz delas. Neste sentido, os aspectos
físicos do espaço, as pessoas próximas, a linguagem, bem como os conhecimentos
presentes da cultura, contribuem efetivamente para formar o contexto de
desenvolvimento.” (CRAIDY & KAERCHER, 1998, p. 24)
Já para Piaget, a
aprendizagem é um processo gradual no qual a criança vai se capacitando a
níveis cada vez mais complexos de conhecimento. Por isso, deve-se levar em
conta a fase de desenvolvimento das crianças para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico.
A importância de se
definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que,
em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de
sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão deste
processo é fundamental para que os professores possam também compreender com
quem estão trabalhando.
A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo.
A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo.
Conforme Piaget, as
crianças do Maternal 3 estão no estágio pré-operatório (crianças de dois a sete
anos). Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade
dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Já é capaz de
organizar coleções e conjuntos sem, no entanto incluir conjuntos menores em
conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à
linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua
resposta às palavras do companheiro. Distingue a fantasia do real, podendo
dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Começam as brincadeiras de faz de
conta, em que a criança finge ser isto ou aquilo. Através desse jogo simbólico,
a criança reviverá situações de alegria, tristeza e as recriará de modo a
superar seus conflitos. Nesta fase, as crianças entram em contato com o
conhecimento produzido pelas pessoas que as cercam, através de atividades de
representação.
v A
Literatura na Educação Infantil:
Segundo Ada Hemilewski, a
Literatura permite que a criança possa preencher lacunas resultantes de sua
ainda pequena e escassa experiência existencial, nas classes de Educação
Infantil. Através dos livros de gravuras com pequenos textos, da história oral,
da leitura e poesias, das cantigas de roda, das lendas e fábulas, a criança
vivencia aventuras ainda não vividas na
realidade (REVISTA DO PROFESSOR, p. 13, 2001).
É neste convívio com a
Literatura que resulta num alargamento de horizontes, no descortinar de uma
realidade possível, numa reestruturação de sua leitura de mundo. Vendo as
gravuras de um livro ou ouvindo uma história, a criança pode criar seu próprio
mundo, povoando-o de sonhos e fantasias, mas, ao mesmo tempo, insere-se no
nosso mundo de adultos e no mundo infantil.
A Literatura oferece
alimento à criatividade e ao imaginário e oportuniza à criança o conhecimento
de si mesmo, do mundo que a cerca, do seu ambiente de vida e lhe permite,
então, estabelecer as reações tão importantes e necessárias entre o real e não
real.
Além disso, a Literatura
Infantil é uma realidade interdisciplinar que, em muitas de suas manifestações,
está relacionada com outros modos de expressão (o movimento, a imagem, a
música) formando a bagagem comunicativa da criança desde seus primeiros anos.
Esta realidade interdisciplinar também envolve os assuntos abordados na
história, que estão interligados e quando trabalhadas em sala de aula, devem
permanecer desta maneira, formando o pensamento complexo, que é a base da
teoria de Morin. Morin diz que esta complexidade integra os modos
simplificadores do pensar, negando resultados mutiladores, reducionistas e de
reprodução. Este pensamento complexo é o responsável pela ampliação do saber.
Se o pensamento for fragmentado, reducionista e mutilador, as ações terão o
mesmo rumo, tomando o conhecimento cada vez mais simplista.
A criança, quando ouve
histórias, tem informação, tem lazer, imagina situações, tem oportunidades de
desenvolver sua capacidade criadora, porque as histórias permitem o uso da
fantasia, da imaginação que, na faixa de idade em que ela se encontra, são
predominantes.
Também é necessário
identificar as características das crianças entre 5 e 6 anos, em relação ao que
chama a sua atenção na seleção de histórias. A criança, nessa fase, ainda se
assusta com facilidade por não separar completamente realidade de fantasia. Faz
parte de seu desenvolvimento essa fase de medo e, conhecendo-a, não devemos
utilizá-la como suporte de ensinamentos ou lições de moral. É comum a leitura
visual de imagens, onde a criança cria sua história a partir de sequência
presente no livro, sem se ao código escrito (REVISTA DO PROFESSOR, p. 20,
2004).
Ao explorarmos a
Literatura Infantil, estaremos ajudando a desenvolver o intelecto da criança, a
tornarem claras suas emoções, oferecendo-lhes meios para reconhecerem suas
dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerindo soluções para os problemas que as
perturbam.
Por isso é importante
selecionar e incluir as histórias no imaginário e na realidade das crianças,
cuidando para abranger ao máximo a riqueza de resultados que podem proporcionar
aos nossos alunos.
OBJETIVO GERAL:
v
Despertar
o gosto pela Literatura, a partir de histórias de interesses das crianças,
oportunizado o conhecimento de si mesmo, do mundo que a cerca e do seu ambiente
de vida, que permitirá estabelecer relações importantes e necessárias entre o
real e não real.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
Ø
Identificar
informações sobre os assuntos em estudo para realizarmos pesquisas sobre o
mesmo;
Ø
Desenvolver
o pensamento crítico reflexivo em relação aos questionamentos feitos;
Ø
Desenvolver
pesquisas acerca do assunto em estudo, buscando materiais e informações sobre o
mesmo;
Ø
Valorizar
os materiais de pesquisa, percebendo a sua importância para o desenvolvimento
do trabalho;
Ø
Propiciar
a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica;
Ø
Expressar
suas ideias, emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
Ø
Desenvolver
a atenção, a imitação, a memória, a imaginação e a fantasia;
Ø
Desenvolver
capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de regras, à cooperação,
à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmo e ao outro na hora do
brincar;
Ø
Desenvolver
a imaginação criadora, a expressão, a sensibilidade, e as capacidades estéticas
e criativas;
Ø
Ampliar
o conhecimento de mundo, explorando características e propriedades de
diferentes materiais, objetos e suportes;
Ø
Enriquecer
os conhecimentos e as vivências na escola, através da efetiva participação da
família;
Ø
Ampliar
o conhecimento de mundo, explorando características e propriedades de
diferentes objetos, materiais e suportes;
Ø
Produzir
trabalhos artísticos, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da
modelagem, da colagem e da construção;
Ø
Entrar
em contato com diversas formas artísticas, ampliando o seu conhecimento de
cultura;
Ø
Desenvolver
as habilidades de falar e ouvir;
Ø
Articular
seus interesses e pontos de vista com os demais, estabelecendo relações
interpessoais;
Ø
Desenvolver
a iniciação do pré-leitor no mundo da Literatura;
Ø
Acionar
as significações do texto relacionando-as à sua compreensão de mundo;
Ø
Conhecer-se
a si mesmo e ao mundo que o cerca, pelos artifícios da linguagem literária,
desenvolvendo um posicionamento crítico frente aos recursos expressivos da
língua;
Ø
Desenvolver,
de forma integral, a Literatura, que é uma arte e como tal estabelece relações
de aprendizagem e vivências entre ela e o indivíduo.
CONHECIMENTO PRÉVIO E PERGUNTAS
NORTEADORAS:
O que pesquisaremos? |
HISTÓRIAS
|
O
que sabemos sobre o assunto escolhido:
|
·
AS
HISTÓRIAS ESTÃO NOS LIVROS;
·
NAS
HISTÓRIAS APARECEM: BICHOS, BRUXAS, LOBO MAU, PRÍNCIPE, VOCÓ, PRINCESAS,
BARBIE;
|
O
que queremos aprender sobre o assunto escolhido?
|
·
HISTÓRIAS
DE ANIMAIS: LEÃO, JACARÉ, ABELHA, MACACO, CAVALO, CACHORRO, PÁSSARO, GALINHA,
MINHOCA, CÃO, PEIXE, PORCO, GATO, RATO, SAPO, COELHO;
|
Como
descobriremos sobre o assunto escolhido?
|
·
LIVROS;
·
MÚSICAS;
·
FILMES;
·
COMPUTADOR.
|
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